BRASIL: DEPUTADO MARCEL VAN HATTEM FAZ GRAVE ACUSAÇÃO CONTRA DIRETOR-GERAL DA PF

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) provocou um momento de grande tensão durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, realizada na terça-feira (3.dez.2024). Durante a oitiva do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o parlamentar desafiou abertamente o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, a prendê-lo caso estivesse cometendo um crime contra a honra. Van Hattem, de forma incisiva, questionou por que o chefe da PF, presente na comissão, não tomava providências imediatas. "Se há o entendimento de que estou cometendo um crime contra a honra, por que o seu chefe na PF, o diretor-geral Andrei, que está aqui, não me prende agora, em flagrante delito? Se é um crime contra a honra, que me prenda", declarou o deputado, provocando aplausos de alguns dos presentes na sessão.

Confira detalhes no vídeo:

A reação de Andrei Rodrigues foi de silêncio, o que intensificou a provocação de Van Hattem. O deputado, em seguida, voltou a se manifestar, reforçando seu desafio e acusando o diretor-geral da PF de prevaricação, uma vez que não tomou nenhuma atitude diante do que ele alegava ser uma infração. "Só quero lembrar que eu não fui preso, sr. presidente, isso é crime contra a honra. Estamos diante de um prevaricador, que é o diretor-geral da Polícia Federal", afirmou. A tensão no ambiente da comissão aumentou, com alguns congressistas aplaudindo as palavras de Van Hattem, enquanto outros se mantiveram em silêncio ou manifestaram desconforto diante da situação. A postura do deputado gerou um clima de polarização e revelou o acirramento das relações políticas no Congresso, especialmente em torno da atuação das instituições de segurança pública.

Esse episódio ocorreu em meio a um contexto de crescente hostilidade entre setores do governo e parte do Congresso Nacional, especialmente em relação à atuação de autoridades da segurança pública. A provocação de Van Hattem também reflete um cenário de desgaste institucional, no qual parlamentares têm se sentido cada vez mais à vontade para questionar e desafiar figuras importantes da administração pública. A acusação de prevaricação dirigida ao diretor-geral da PF, caso seja explorada nas próximas semanas, pode gerar repercussões jurídicas e políticas, ampliando a tensão entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Esse episódio coloca em evidência a complexidade da relação entre as instituições e o papel do Legislativo em fiscalizar e desafiar as ações de autoridades como a Polícia Federal.

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