O desembargador aposentado Sebastião Coelho, conhecido por sua atuação na defesa de presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fez duras críticas ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. Em uma manifestação pública nas redes sociais, Coelho contestou as declarações de Rodrigues, que afirmou que pretende continuar a perseguição a parlamentares por suas opiniões, desconsiderando a imunidade parlamentar garantida pela Constituição. O desembargador se posicionou contra essa ameaça de violações às prerrogativas dos deputados e exigiu a demissão imediata de Rodrigues, acusando-o de desrespeitar a Constituição e atuar de forma autoritária.
Confira detalhes no vídeo:
Coelho aproveitou a ocasião para elogiar a atitude do deputado Marcel Van Hattem, que se recusou a comparecer a uma convocação da Polícia Federal, após ser intimado de maneira questionável para prestar depoimento por declarações feitas da tribuna. O desembargador considerou a recusa de Van Hattem uma postura corajosa e uma defesa legítima da imunidade parlamentar prevista no artigo 53 da Constituição Federal. Para Coelho, a atitude do deputado demonstrou que a imunidade dos parlamentares deve ser respeitada, especialmente em tempos em que muitos têm sido perseguidos por suas opiniões políticas. O apoio a Van Hattem reflete a posição de resistência contra o que o desembargador vê como um crescente cerceamento da liberdade de expressão.
Em seu desabafo, Sebastião Coelho não se limitou a defender apenas Van Hattem, mas também conclamou todos os parlamentares a se unirem em defesa da imunidade parlamentar. Ele sugeriu que, caso fosse deputado federal, convidaria seus colegas a levarem à tribuna a mesma imagem apresentada por Van Hattem e a proferirem as mesmas palavras de resistência. Coelho criticou duramente a postura do diretor da Polícia Federal, que, em evento recente, afirmou que continuaria a abrir inquéritos contra parlamentares, ignorando a imunidade garantida pela Constituição. Para o desembargador, essa postura é inaceitável e uma afronta à democracia, e ele alertou sobre a necessidade urgente de os parlamentares se posicionarem contra o abuso de poder e a ameaça à liberdade de expressão.
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