BRASIL: MORAES TOMA NOVA DECISÃO SOBRE PRISÃO DE BRAGA NETTO


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (27) manter as prisões preventivas dos generais da reserva Walter Braga Netto e Mário Fernandes. Ambos foram detidos no âmbito das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida no início deste ano. A decisão veio após a análise de um recurso apresentado pela defesa de Mário Fernandes, que pleiteava a liberdade do militar.

Confira detalhes no vídeo:

De acordo com Moraes, os argumentos apresentados pela defesa não foram suficientes para afastar a necessidade da manutenção da prisão. O magistrado considerou a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que destacou que Fernandes, devido ao seu antigo cargo e posição hierárquica, ainda exerce influência significativa sobre os demais investigados, o que poderia comprometer o andamento das investigações.

A influência hierárquica no centro da decisão

A posição do general Mário Fernandes foi um dos pontos-chave analisados pelo ministro. Segundo a PGR, mesmo após a sua passagem para a reserva, o militar mantém ascendência sobre outros envolvidos no caso, especialmente aqueles que também são investigados no suposto esquema de tentativa de golpe contra o governo federal. Essa influência foi considerada um fator relevante para justificar a continuidade de sua prisão, a fim de garantir que o processo transcorra sem interferências externas.

A defesa de Fernandes argumentou que ele não representa mais qualquer risco às investigações e classificou a prisão como desnecessária. No entanto, Moraes reiterou que, diante da gravidade das acusações e da possibilidade de influência sobre outros investigados, a medida se faz necessária neste momento.

Reação da defesa de Braga Netto

A defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, também se pronunciou sobre a decisão de Alexandre de Moraes. Em nota, os advogados de Braga Netto classificaram a decisão como previsível, mas reforçaram que não há provas concretas que justifiquem a prisão de seu cliente. Segundo a defesa, a detenção do general representa um excesso por parte da Justiça e não encontra respaldo em evidências robustas que liguem diretamente Braga Netto à tentativa de golpe.

Ainda segundo a defesa, as investigações têm se baseado em suposições e interpretações que não correspondem aos fatos. Os advogados afirmaram que continuarão recorrendo às instâncias judiciais para buscar a libertação do general.


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