O presidente eleito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Leonardo Sica, fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em entrevista ao jornal *O Estado de São Paulo*. Sica afirmou que o STF tem exercido um poder “desmedido” e que, ao julgar casos envolvendo diversas autoridades do país, está distorcendo sua função original. Segundo o presidente da OAB-SP, o Supremo tem atuado como um “grande Tribunal Criminal” que se envolve com processos envolvendo deputados, senadores e até ministros, o que, em sua visão, desequilibra as instituições e coloca em risco a separação entre os poderes. “Além de desvirtuar a natureza da corte, enquanto eles puderem julgar todas as autoridades do Brasil, você tem um desequilíbrio institucional evidente”, afirmou Sica.
Confira detalhes no vídeo:
Em suas declarações, Leonardo Sica defendeu que o Brasil precisa discutir reformas no sistema judiciário, com ênfase em propostas como a criação de mandatos para os ministros do STF. Ele também criticou o foro privilegiado e sugeriu que sua revisão poderia ajudar a reduzir a influência do Judiciário sobre os outros poderes. Para Sica, a intervenção do STF na política e em questões que não são de sua competência tem sido excessiva e precisa ser contida. “A gente tem que discutir esse envio de todas as questões da sociedade para o Judiciário, e desde o município até o Supremo Tribunal Federal. A interferência do Judiciário em todas as esferas da vida pública de uma maneira incontida é ruim. A gente tem que encontrar uma maneira de redefinir os limites do Judiciário”, destacou o presidente eleito da OAB-SP.
A crítica de Sica reflete um debate mais amplo sobre os limites da atuação do STF e o papel do Judiciário na política brasileira. Para muitos, a crescente intervenção do Supremo nas decisões políticas tem gerado um debate sobre a separação dos poderes e a independência do Legislativo e do Executivo. Sica defendeu que todos os poderes devem ter limites claros, a fim de preservar o equilíbrio institucional e garantir o funcionamento adequado das democracias. Ao falar sobre as questões do Judiciário, ele também fez um apelo para que os temas relacionados ao Judiciário sejam discutidos de forma mais ampla, inclusive pela sociedade, a fim de definir quais devem ser os limites para a interferência do Judiciário na vida pública.
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