MUNDO: EX-CHANCELER DE BOLSONARO ANALISA POSSÍVEL FIM DA GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA COM INTERVENÇÃO DE TRUMP

O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, comentou recentemente sobre as propostas de política externa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, especialmente no que diz respeito ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo Araújo, embora Trump não tenha feito declarações explícitas sobre suas intenções em relação à Ucrânia, existem algumas especulações sobre como ele poderá atuar nesse cenário em seu segundo governo. O embaixador sugeriu que uma possível ação de Trump poderia envolver a criação de uma nova divisão territorial, com a parte da Ucrânia já invadida pela Rússia sendo incorporada à federação russa. Essa proposta envolveria ainda a formação de uma "faixa tampão" administrada por forças militares europeias, com a Ucrânia ficando de um lado da fronteira e a Rússia do outro.

Confira detalhes no vídeo:

Araújo observou que essa abordagem representaria uma solução polêmica e, na visão dele, injusta para a Ucrânia. A nação, que desde 2022 tem enfrentado uma invasão militar por parte da Rússia, se encontra em uma posição vulnerável, sendo forçada a se defender contra uma potência militar muito mais forte. O embaixador criticou essa possível proposta, dizendo que, se Trump realmente seguir por esse caminho, isso provavelmente ocorrerá em troca de algo que a Rússia possa oferecer. Araújo levantou a questão de que, se uma proposta dessa natureza for levada a cabo, seria necessário avaliar o que a Rússia estaria disposta a ceder ou oferecer para justificar tal medida, uma vez que a divisão da Ucrânia poderia ser vista como uma capitulação diante da agressão russa.

Ao refletir sobre o possível acordo entre Trump e a Rússia, Araújo adotou uma postura cética, mas também analítica, questionando se seria possível encontrar justificativas para tal acordo. Ele frisou que, embora não concordasse com uma solução que envolvesse a divisão da Ucrânia, é necessário considerar os possíveis desdobramentos geopolíticos e os interesses que estariam em jogo. Essa análise indica um momento de incertezas no cenário internacional, especialmente em relação à postura de Trump frente ao desafio da guerra na Ucrânia e as complexas negociações com a Rússia.

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