Nesta quinta-feira (19/12), o deputado Flávio Bolsonaro (PL) se pronunciou para esclarecer comentários atribuídos a ele sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma entrevista, o parlamentar foi questionado sobre uma possível reforma no sistema judiciário e aproveitou a ocasião para corrigir informações incorretas que circulavam na mídia. Flávio Bolsonaro afirmou que nunca se posicionou contra o impeachment de Moraes, como havia sido divulgado de forma equivocada. Segundo ele, na entrevista anterior, havia mencionado que, embora fosse favorável ao impeachment, seria necessário seguir uma série de passos antes de chegar a esse ponto, ressaltando que, caso fosse necessário, apoiaria o processo. O deputado também criticou a postura do ministro, alegando que ele tem se comportado de forma autoritária e tem descumprido a Constituição, colocando-se além da lei em diversas situações.
O deputado continuou suas críticas, acusando Alexandre de Moraes de cometer abusos de poder, como desrespeitar a Constituição e agir de forma arbitrária. Para Flávio Bolsonaro, o ministro tem se comportado como um "carcereiro", determinando quem deve ser preso e realizando investigações sem base legal, como a busca de provas em celulares de pessoas não envolvidas nas investigações. Flávio também afirmou que Moraes estaria perseguindo lideranças políticas de direita, com o objetivo de enfraquecer adversários políticos, especialmente aqueles com potencial para se eleger ao Senado nas eleições de 2026. Segundo o deputado, esse comportamento de Moraes reflete uma preocupação do STF com o fortalecimento de uma bancada conservadora e com a mudança do cenário político do Brasil.
Em relação à viabilidade do impeachment de Moraes, Flávio Bolsonaro explicou que, para que o processo fosse iniciado, seria necessário o apoio de um número substancial de senadores, especificamente 41 votos favoráveis. Embora o processo ainda não tenha sido iniciado, ele acredita que, com o tempo, mais senadores poderiam mudar de posição e apoiar a medida. Para ele, a falta de ação do Senado sobre o impeachment reflete uma resistência dentro do legislativo, mas isso não o impede de continuar defendendo que o Congresso tome uma atitude em relação ao que considera uma postura autoritária do STF. Flávio Bolsonaro finalizou suas declarações criticando o STF por, em sua visão, estar prejudicando a democracia ao perseguir opositores do governo e restringir a liberdade de expressão e de imprensa. O debate sobre o impeachment de Alexandre de Moraes segue como um dos temas mais polêmicos e divisivos no cenário político atual.
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