Em um discurso contundente na tribuna, o senador General Hamilton Mourão fez críticas severas à prisão do general Walter Braga Netto, apontando que esse evento reflete uma deterioração do Estado de Direito no Brasil. Mourão afirmou que o país está se afastando cada vez mais dos princípios democráticos e de um sistema jurídico eficaz, essencial para garantir o cumprimento das leis, a proteção dos direitos dos cidadãos e a resolução pacífica de conflitos. Para o senador, a democracia não pode existir sem um Judiciário independente e imparcial, e ele questionou se o Brasil ainda mantém essas condições, diante da situação atual do sistema legal no país.
Mourão foi ainda mais enfático ao dizer que, no Brasil, o Estado de Direito foi substituído por uma "ditadura da toga", uma crítica à atuação do Judiciário que, segundo ele, estaria adotando posturas autoritárias. O senador argumentou que o país vive um cenário de perseguição política, no qual figuras conservadoras e ligados à direita, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, estão sendo alvo de processos judiciais e políticas de repressão. Para ele, há uma sistemática violação dos direitos de quem se opõe ao governo, com o sistema jurídico sendo utilizado como ferramenta para controlar a política, em vez de garantir justiça. Mourão alertou que essa perseguição política está se intensificando, o que coloca em risco a estabilidade institucional do Brasil.
O discurso de Mourão levantou uma reflexão sobre o uso do sistema judicial como um instrumento para controle e repressão política, particularmente contra a direita. O senador sugeriu que o Brasil está se distanciando dos princípios constitucionais de igualdade e imparcialidade e advertiu que o país pode estar tomando um rumo perigoso, onde a justiça se torna parte do jogo político, em vez de ser uma instituição imparcial e independente. Para Mourão, a situação exige vigilância e ação, pois o Brasil corre o risco de se transformar em um estado de exceção, onde a liberdade e a democracia são constantemente ameaçadas.
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