O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reafirmou nesta segunda-feira (23) a soberania do país sobre o Canal do Panamá e rechaçou as recentes declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu a possibilidade de os EUA retomarem o controle da importante via navegável.
Em um discurso enfático, Mulino declarou que o Canal é um símbolo da independência nacional e da competência panamenha, enfatizando que "a soberania do Panamá sobre o Canal é inquestionável e não está aberta a negociações". Ele também destacou os avanços obtidos desde que o Panamá assumiu a gestão do Canal, em 1999, após décadas de controle norte-americano.
A declaração de Trump provocou reações no cenário internacional, com a China rapidamente expressando solidariedade ao Panamá. O governo chinês apoiou a posição de Mulino e elogiou a administração eficiente do Canal, que desempenha um papel vital no comércio global e no desenvolvimento econômico da região.
O Canal do Panamá, reconhecido como uma das rotas comerciais mais estratégicas do mundo, voltou a ser foco de tensões geopolíticas. As palavras de Trump reacenderam questões históricas sobre o controle da via, mas a firme posição do presidente Mulino, aliada ao apoio chinês, demonstra que o Panamá está disposto a defender sua soberania com determinação.
Os próximos passos dessa controvérsia serão acompanhados de perto pela comunidade internacional, uma vez que podem influenciar as relações diplomáticas entre os Estados Unidos, o Panamá e outras nações interessadas no comércio global que passa pela região.
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