Uma pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Quest trouxe dados atualizados sobre a avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, revelando um quadro de estabilidade, mas com sinais de queda na popularidade. De acordo com os resultados, 52% dos entrevistados aprovam a administração de Lula, enquanto 47% desaprovam. Embora tenha ocorrido uma leve redução em relação à pesquisa anterior, que apontava 53% de aprovação, o panorama geral continua estável, com variações mínimas. O perfil dos aprovadores do governo indica predominância de moradores da região Nordeste (67%), com 63% recebendo até dois salários mínimos, 59% se identificando como negros e 57% tendo mais de 65 anos. A pesquisa, realizada entre 4 e 9 de dezembro, entrevistou 8.598 pessoas, com margem de erro de 1 ponto percentual e um índice de confiabilidade de 95%.
A pesquisa também analisou a opinião da população sobre as recentes propostas fiscais do governo. Em relação ao pacote fiscal, que inclui a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000, 75% dos entrevistados expressaram aprovação. A medida foi bem recebida, com um amplo apoio entre os brasileiros. No entanto, 68% dos participantes acreditam que as ações fiscais anunciadas não serão suficientes para resolver os problemas financeiros do país, sugerindo que mais medidas são necessárias. Em relação ao conhecimento das propostas, 62% dos entrevistados afirmaram que tomaram ciência das medidas após o pronunciamento do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cadeia nacional.
Embora o governo de Lula continue com uma avaliação positiva por parte de uma parte significativa da população, a pesquisa mostra que o apoio é mais forte em grupos específicos e regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste e pessoas mais velhas. A pesquisa também revela um aumento do ceticismo em relação à eficácia das medidas fiscais até agora adotadas. O governo enfrentará o desafio de equilibrar as expectativas da população com as dificuldades econômicas persistentes no país. O resultado da pesquisa aponta para um momento de estabilidade, mas também revela a necessidade de um esforço maior de comunicação e ações mais eficazes para atender às demandas da sociedade e melhorar a percepção pública sobre a gestão atual.
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