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Redação Pensando Direita
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou uma maioria para rejeitar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que solicitava o afastamento do ministro Alexandre de Moraes do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O julgamento, realizado no plenário virtual, teve início às 11 horas da manhã e, em menos de quatro horas, o placar já estava definido contra o pedido de Bolsonaro. A decisão foi favorável ao relator, ministro Luís Roberto Barroso, sendo acompanhada por outros cinco ministros: Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. A votação permanecerá aberta até o dia 13 de dezembro para sua conclusão.
Bolsonaro buscava a retirada de Moraes da investigação sobre os acontecimentos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. A defesa do ex-presidente argumentava que Moraes não teria imparcialidade para conduzir o caso, citando sua atuação nas investigações e o envolvimento com a Advocacia Geral da União e o Ministério Público Federal. Além disso, 56 pedidos de afastamento de Moraes estavam sendo analisados pela corte, todos relacionados aos processos dos envolvidos nos ataques de janeiro. A defesa alegava que o ministro teria influenciado o trabalho desses órgãos durante as investigações, o que, segundo eles, comprometeria sua neutralidade.
A decisão do STF gerou intensos debates políticos, principalmente em relação à importância do julgamento para Bolsonaro e os réus envolvidos no caso. A maioria dos ministros reafirmou que o ministro Alexandre de Moraes deve seguir à frente das investigações, assegurando sua continuidade nas apurações sobre os eventos de janeiro. A votação reflete também o posicionamento da corte sobre a legalidade e imparcialidade das investigações, em meio a uma análise crítica sobre o papel do STF e a extensão de sua atuação em assuntos que envolvem figuras políticas e questionamentos sobre o limite de sua jurisdição.
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