Uma banca de defesa de mestrado do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se tornou viral nas redes sociais após um incidente ocorrido durante a avaliação do trabalho de um mestrando. O vídeo, que começou a circular amplamente nesta quarta-feira (8 de janeiro de 2025), mostra uma situação tensa em que uma pessoa que acompanhava a defesa via Google Meet interrompeu um dos membros da banca durante suas observações críticas sobre a dissertação do aluno.
Confira detalhes no vídeo:
O episódio aconteceu em 20 de dezembro de 2024, mas só ganhou destaque nas redes sociais agora. Durante o evento, um dos especialistas da banca fazia comentários sobre o trabalho do mestrando, apontando falhas e sugerindo melhorias. No entanto, em determinado momento, um telespectador, aparentemente insatisfeito com as críticas, interrompeu o membro da banca, questionando: “Licença. Mas se você acha tão ruim o trabalho dele, por que você não fez no lugar dele?” A interrupção causou um clima de desconforto, deixando o mestrando visivelmente confuso e o especialista irritado com a invasão de sua fala.
A defesa de mestrado estava ocorrendo de forma on-line, com a participação de outros membros da banca e de observadores, já que as bancas na UFPE, como em muitas universidades, estão abertas ao público e são transmitidas via plataformas digitais, como o Google Meet. Esse acesso público, por sua vez, foi o que permitiu que a interrupção fosse registrada e compartilhada nas redes sociais, gerando grande repercussão e dividindo opiniões.
O vídeo que circula nas redes mostra o especialista visivelmente incomodado com a intervenção e a tentativa de desviar o foco da crítica acadêmica. A situação, que se iniciou com uma simples análise técnica do trabalho acadêmico, rapidamente escalou para uma discussão sobre a própria natureza das avaliações e da liberdade acadêmica. A banca de defesa de mestrado é um espaço destinado à discussão profunda do trabalho desenvolvido pelo aluno, com base no conhecimento especializado dos avaliadores, e situações como essa colocam em evidência os desafios da educação em um ambiente cada vez mais virtual e acessível.
Enquanto algumas pessoas apoiaram o interventor, questionando as críticas feitas à dissertação e defendendo o direito de defender o trabalho do mestrando, outros destacaram a importância do ambiente acadêmico e da liberdade de crítica nas avaliações. Especialistas em educação e membros da comunidade acadêmica rapidamente se posicionaram nas redes, reprovando a atitude de interrupção durante o evento. Muitos argumentaram que esse tipo de comportamento poderia prejudicar a seriedade das discussões e comprometer a qualidade das avaliações acadêmicas.
A UFPE, em nota oficial, ressaltou que as bancas de mestrado realizadas online são abertas ao público, mas pediu respeito aos procedimentos acadêmicos e às pessoas envolvidas nas avaliações. A universidade também destacou a importância de preservar o ambiente de debate e crítica construtiva, fundamentais para o avanço do conhecimento.
O episódio gerou uma reflexão sobre os limites do acesso público às bancas acadêmicas e a necessidade de manter o respeito durante processos avaliativos. Enquanto o mestrando segue com sua defesa de tese, o incidente levanta questões sobre o papel do público nas discussões acadêmicas e os desafios de manter a ética e o profissionalismo em um ambiente digital acessível a todos.
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