BRASIL: PAÍS ENTRA EM ALERTA PARA RISCO DE EPIDEMIA


A crescente preocupação com o aumento de casos de dengue no Brasil tem levado autoridades e especialistas a intensificar os alertas para a possível configuração de uma epidemia no país. O cenário alarmante foi abordado pela infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, em entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, na qual ela destacou a expansão do sorotipo 3 do vírus da dengue e as implicações dessa evolução para a saúde pública.

Confira detalhes no vídeo:

De acordo com a especialista, a transmissão da doença tem se intensificado, com um número de casos superiores ao registrado nos últimos anos. A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma das principais preocupações dos sistemas de saúde, especialmente em períodos de calor e chuvas, quando as condições para a proliferação do mosquito se tornam ideais. O sorotipo 3, uma das variações do vírus, tem se espalhado por diversas regiões brasileiras, causando um aumento significativo de notificações e colocando as autoridades em alerta máximo.

A infectologista explicou que, embora os sorotipos 1 e 2 já fossem conhecidos e já tivessem causado surtos em anos anteriores, o surgimento do sorotipo 3 representa um novo desafio, pois ele pode gerar complicações graves, especialmente em pessoas que já foram infectadas por outros sorotipos. Isso ocorre porque a segunda infecção por dengue, com um sorotipo diferente, aumenta o risco de formas mais severas da doença, como a dengue hemorrágica.

A especialista destacou que o controle da doença passa, principalmente, pela eliminação dos criadouros do mosquito, uma tarefa complexa devido à resistência do Aedes aegypti e à dificuldade de conscientização da população sobre os riscos e as medidas preventivas. O combate ao mosquito é considerado a principal estratégia para conter a proliferação do vírus e reduzir os casos de infecção.

O aumento de casos tem sido observado principalmente em estados do Nordeste e do Centro-Oeste, mas a doença já apresenta sinais de disseminação por outras regiões, gerando apreensão entre as autoridades sanitárias. Além da pressão sobre os sistemas de saúde, que já enfrentam o desafio de lidar com outras doenças infecciosas e o impacto da pandemia de COVID-19, o surto de dengue pode levar ao aumento das internações, especialmente de pacientes com formas graves da doença.

A dengue é caracterizada por sintomas como febre alta, dor no corpo e nas articulações, manchas vermelhas na pele e dor de cabeça, podendo, em casos mais graves, evoluir para quadros hemorrágicos e choque. O tratamento é sintomático, já que não há medicamentos específicos para a doença, o que torna a prevenção e o controle das infecções ainda mais importantes.

Com o risco de uma epidemia crescente, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais têm reforçado as campanhas de conscientização sobre a eliminação de focos do mosquito e a importância da busca imediata por atendimento médico em caso de suspeita de infecção. As autoridades enfatizam que a população deve manter seus ambientes livres de água parada, além de evitar a proliferação de mosquitos, que é o principal fator de risco para o aumento de casos de dengue.

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