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Diego Cavalheiro
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O Brasil registrou um aumento expressivo de 25% no número de pessoas vivendo em situação de rua em apenas um ano. Dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas revelam que, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, essa população passou de pouco mais de 271 mil para quase 328 mil. O crescimento é alarmante, especialmente quando comparado a 2014, ano em que o número de pessoas em situação de rua era 14 vezes menor.
O fenômeno expõe as graves consequências de uma crise social e econômica que se intensificou nos últimos anos. Fatores como o desemprego elevado, a alta nos preços de itens básicos e o enfraquecimento de políticas públicas voltadas à assistência social são apontados como os principais motores desse aumento.
A falta de moradias acessíveis, sobretudo nos grandes centros urbanos, tem forçado muitas famílias a buscarem abrigo nas ruas. Além disso, a precarização do mercado de trabalho e a ausência de uma rede de apoio efetiva fazem com que indivíduos em situação de vulnerabilidade extrema fiquem sem alternativas.
O crescimento dessa população coloca uma pressão enorme sobre as prefeituras, que enfrentam dificuldades para atender as demandas por abrigo, alimentação e serviços básicos. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão entre as mais afetadas, com taxas de crescimento que ultrapassam a média nacional.
A presença crescente de pessoas em situação de rua também afeta o convívio social, aumentando a exclusão e agravando problemas relacionados à segurança e saúde pública. Esse cenário desafia as administrações locais, que precisam equilibrar ações emergenciais com políticas de longo prazo.
Diante da gravidade da situação, especialistas e organizações sociais têm pressionado por medidas mais abrangentes e coordenadas. Entre as soluções apontadas estão a expansão de programas de habitação popular, o fortalecimento da assistência social e a criação de oportunidades de emprego para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Nos municípios, esforços para ampliar albergues e criar espaços de acolhimento têm surtido algum efeito, mas são limitados pelos recursos escassos. Muitas dessas iniciativas dependem da colaboração de organizações não governamentais e da sociedade civil.
O aumento expressivo da população em situação de rua é um reflexo das desigualdades profundas do país. Reverter essa tendência exigirá um esforço coletivo e contínuo, envolvendo não apenas os governos, mas também o setor privado e a sociedade como um todo. O desafio é garantir que essas pessoas voltem a ter acesso à dignidade e a uma vida minimamente estruturada.
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