O Brasil enfrenta uma crescente preocupação com o aumento dos casos de dengue, que tem se intensificado nas últimas semanas, levantando alertas sobre a possibilidade de uma epidemia. A infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, foi uma das especialistas que discutiu esse cenário em entrevista ao Jornal Jovem Pan. Ela apontou a disseminação do sorotipo 3 do vírus da dengue, que tem se espalhado rapidamente por várias regiões do país, aumentando ainda mais as preocupações das autoridades sanitárias.
Segundo a médica, os números de infecção têm superado os registrados em anos anteriores, gerando uma pressão sobre os sistemas de saúde. A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é mais comum durante períodos de calor e chuvas, que favorecem a proliferação do mosquito. O sorotipo 3, embora mais recente, está agora entre as principais variantes que circulam no Brasil e exige atenção especial, devido ao risco de complicações graves para os pacientes.
Stucchi explicou que o sorotipo 3 do vírus representa uma nova ameaça, principalmente para pessoas que já contraíram a doença anteriormente com outros sorotipos. Esse fator aumenta o risco de formas mais severas da dengue, como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal. Essa característica faz com que a doença mereça atenção redobrada, pois a co-infecção por diferentes sorotipos pode resultar em consequências mais sérias para a saúde.
O controle da doença ainda depende, em grande parte, da eliminação dos focos do mosquito, tarefa que se mostrou difícil devido à resistência do Aedes aegypti e à falta de conscientização em algumas partes da população sobre os cuidados necessários. As autoridades enfatizam que, para evitar a proliferação do mosquito, é essencial que as pessoas façam sua parte, eliminando pontos de água parada e tomando medidas preventivas em suas casas.
O número crescente de casos de dengue tem sido mais visível no Nordeste e Centro-Oeste, mas há um risco claro de que a doença se espalhe por outras regiões do Brasil, o que aumenta a preocupação com o impacto nos hospitais e centros de saúde. Além do aumento no número de internações, os sistemas de saúde já estão sobrecarregados com o atendimento de outras doenças e com as consequências da pandemia de COVID-19.
A dengue se manifesta com sintomas como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Embora não haja medicamentos específicos para tratar a doença, a gravidade pode ser controlada com cuidados médicos adequados, especialmente nos casos mais complicados. Por isso, as autoridades médicas recomendam que qualquer pessoa com sintomas de dengue procure atendimento médico imediato.
Além disso, o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde estaduais e municipais têm reforçado campanhas educativas sobre a importância de prevenir a dengue, incentivando a população a combater os focos do mosquito e a procurar ajuda médica ao apresentarem sinais de infecção.
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