A resposta das autoridades do Rio de Janeiro ao ataque realizado pelo Comando Vermelho (CV) contra uma delegacia de polícia no último sábado, 15 de fevereiro, foi marcada por uma ação contundente contra o suposto mandante da ofensiva, Joab da Conceição Silva. A Polícia Civil do estado demoliu uma luxuosa casa em construção que seria de propriedade de Silva, identificado como o mentor do ataque. O atentado, ocorrido no bairro Campos Elíseos, envolveu dezenas de homens armados com fuzis e foi possivelmente uma tentativa de resgatar dois membros da facção criminosa.
Confira detalhes no vídeo:
A casa de Joab, situada no Jardim Primavera, em Duque de Caxias, foi completamente destruída durante a operação. O imóvel, que ainda estava em fase de construção, tinha características de uma mansão de luxo, incluindo piscina e quadra esportiva, elementos que chamaram a atenção nas imagens divulgadas pela Polícia Civil. A destruição da propriedade foi uma resposta direta à ação do tráfico de drogas, sendo uma forma de repreensão aos membros da facção.
A operação, que também contou com o apoio da Prefeitura de Duque de Caxias, foi descrita por autoridades como uma ação exemplar contra o crime organizado. A mensagem foi clara: traficantes e membros de facções criminosas seriam tratados como terroristas, com a destruição de bens ligados a suas atividades ilícitas, conforme o discurso do secretário de segurança do município. Esse tipo de ação reflete a abordagem cada vez mais rígida das forças de segurança do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado e à violência no estado.
Além da demolição da casa de luxo, os policiais civis localizaram um depósito de bebidas que supostamente estava sendo utilizado para lavagem de dinheiro. Durante a operação, dois homens, apontados como laranjas de Joab, foram detidos no local. Desde o ataque à delegacia, a polícia prendeu ao todo 20 pessoas envolvidas no crime. As investigações continuam, e a Polícia Civil já anunciou que solicitará a transferência de dois dos suspeitos, alvo do ataque, para presídios federais, como forma de garantir maior segurança e controle sobre os detentos.
O ataque à delegacia causou grande impacto, com a fachada do prédio perfurada por tiros e os vidros da porta estilhaçados. Houve um intenso confronto entre os policiais e os criminosos, resultando em dois agentes da Polícia Civil feridos, mas sem gravidade. A troca de tiros foi mais uma evidência da escalada da violência associada ao tráfico de drogas e à atuação das facções criminosas no Rio de Janeiro, um problema que desafia as autoridades locais há anos.
A resposta das forças de segurança, incluindo a demolição de imóveis vinculados ao tráfico, tem gerado debates sobre sua eficácia e sobre a necessidade de abordagens mais amplas para lidar com o crime organizado. Contudo, a ação também reflete o esforço do governo estadual em retomar o controle de áreas dominadas por facções criminosas e garantir a segurança pública no Rio de Janeiro, em meio ao crescente desafio de combater o tráfico de drogas e a violência.
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Deveria ter sido transformada em uma delegacia de policia e os dormitórios em celas para detenção da bandidagem
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