VÍDEO: POLICIAL VIRA ALVO DE INQUÉRITO APÓS SELFIE COM ORUAM

Um policial militar do Rio de Janeiro está sendo investigado pela corregedoria da corporação após aparecer em um vídeo tirando uma selfie com o rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho (CV). A foto foi tirada durante o expediente do policial, que estava fardado e próximo a uma viatura. O ato foi filmado e rapidamente compartilhado em um grupo fechado de WhatsApp entre policiais.

A atitude do PM gerou controvérsia entre seus colegas de farda. Enquanto alguns tentaram justificar o encontro, argumentando que Oruam não deve ser responsabilizado pelos crimes de seu pai, a maioria dos policiais criticou a ação, apontando que as músicas do rapper fazem apologia ao tráfico de drogas e armamento. Além disso, Oruam é conhecido por lutar pela liberdade de seu pai, condenado por assassinatos e outros crimes.

O vídeo, que circulou dentro da corporação, chamou a atenção da alta cúpula da Polícia Militar, levando o comandante-geral, coronel Marcelo Menezes de Nogueira, a iniciar um processo de investigação interna. Em declaração oficial, o coronel afirmou que o comportamento do policial não condiz com os valores da corporação, que repudia qualquer tipo de associação com traficantes ou atividades criminosas.

O coronel esclareceu que não se deve fazer julgamentos precipitadamente e que o policial terá o direito de se defender durante o processo de apuração. No entanto, ressaltou que o comportamento do PM, fardado e em serviço, ao posar para fotos com uma figura ligada ao crime, não é aceitável e não reflete a postura da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

A investigação interna buscará esclarecer todos os detalhes do ocorrido, ouvindo o policial envolvido e tomando as devidas providências. O comandante destacou que o caso será tratado com seriedade, respeitando os princípios da ampla defesa e do contraditório, para garantir que a instituição não seja associada a práticas criminosas.

Este incidente ocorre em um momento de crescente preocupação com a relação entre a polícia e as facções criminosas, como o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. A imagem de um policial se aproximando de uma pessoa ligada ao tráfico pode comprometer a confiança da sociedade na corporação e afetar sua imagem institucional.

Agora, a corregedoria da PM ficará responsável por avaliar o comportamento do policial e determinar se houve violação das normas internas da corporação, além de definir as medidas disciplinares necessárias. A apuração também buscará esclarecer os impactos desse episódio na imagem da Polícia Militar, destacando a importância de orientar adequadamente o comportamento dos agentes, especialmente quando se trata de interações com figuras controversas.

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