VÍDEO: PARLAMENTARES SE UNEM E ENFRENTAM MORAES NO CONGRESSO

Durante uma sessão na Câmara dos Deputados, o deputado Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal, comunicou que os parlamentares que defendem a Constituição e os direitos humanos iniciarão uma obstrução até que a proposta de anistia para os presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes seja colocada em votação. A declaração foi recebida com apoio de outros deputados, que se solidarizaram com a postura de Cavalcante e se posicionaram ao seu lado.

Cavalcante criticou duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, acusando o STF de desrespeitar os princípios constitucionais. O parlamentar afirmou que a decisão do tribunal significou o "fim da Constituição brasileira", ao considerar que o devido processo legal estava sendo negligenciado. Ele também questionou a atitude do ministro Luiz Fux, que, embora tenha expressado desacordo com outros ministros, acabou validando os abusos do processo ao votar a favor das acusações.

A indignação do deputado foi especialmente voltada à atuação do ministro Alexandre de Moraes, a quem acusou de agir como acusador e juiz simultaneamente. Segundo Cavalcante, Moraes estava tomando decisões arbitrárias, inclusive em relação ao tratamento de prisões, como no caso de idosas, que ele citou especificamente como vítimas de um processo ilegal. O deputado destacou que a postura do ministro demonstra um abuso de poder e violação dos direitos de diversas pessoas, tornando-se um reflexo do que ele chama de "golpe" contra o Estado de Direito.

Cavalcante anunciou que a obstrução na Câmara é apenas o começo de uma luta maior, uma "batalha pela democracia" e pelo cumprimento do devido processo legal. Ele revelou que, no mês de abril, mais de 300 votos serão mobilizados em apoio à anistia dos presos políticos, como um primeiro passo em uma série de ações no Congresso. O deputado também prometeu levar essa causa ao Senado, onde pretende intensificar a luta contra o que vê como uma aliança entre a esquerda e o STF, algo que considera inaceitável para a Constituição.

Em tom firme, o deputado alertou que qualquer tentativa de prender novamente o ex-presidente Bolsonaro ou outros líderes da oposição terá consequências significativas. Cavalcante afirmou que, se o STF cometer o erro de prender o ex-presidente, isso resultará no fortalecimento da direita nas eleições de 2026, com um crescimento expressivo nas urnas. Ele enfatizou que a atual situação é marcada por um uso excessivo do poder por parte do STF, que estaria se sobrepondo aos outros poderes da República e criando um ambiente de autoritarismo.

No final do seu discurso, Cavalcante fez um apelo à resistência. Ele afirmou que, apesar dos desafios, a direita não se intimidará e continuará firme em sua luta, especialmente nas redes sociais, que ele considera uma ferramenta poderosa para espalhar a verdade. O deputado finalizou com um grito de apoio ao ex-presidente Bolsonaro, deixando claro que a oposição está pronta para intensificar a mobilização contra o que considera uma crescente repressão política no país.

O discurso foi aplaudido por vários deputados presentes, que veem na obstrução uma oportunidade de fortalecer a oposição e garantir que os direitos e liberdades constitucionais sejam preservados.

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