O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para arquivar a investigação sobre a suposta fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concluiu que, apesar das informações fornecidas na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, não há provas suficientes para sustentar uma acusação formal contra o ex-mandatário.
A investigação foi aberta após suspeitas de que registros falsos teriam sido inseridos no sistema do Ministério da Saúde, indicando que Bolsonaro e pessoas próximas teriam recebido a vacina contra a Covid-19, mesmo sem terem sido imunizados. O objetivo da suposta fraude seria facilitar viagens internacionais em um período no qual muitos países exigiam o comprovante de vacinação para entrada.
Durante as apurações, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, colaborou com a Justiça por meio de um acordo de delação premiada. Ele detalhou como os registros teriam sido alterados, mas a PGR avaliou que as informações prestadas pelo militar não foram confirmadas por outras provas materiais que sustentassem uma denúncia formal.
O arquivamento do caso, se aceito pelo STF, encerraria essa investigação específica, mas Bolsonaro ainda responde a outros processos. Entre eles, há inquéritos sobre uma possível tentativa de golpe de Estado e a disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral. No entanto, no caso do cartão de vacinação, a ausência de provas concretas levou a PGR a considerar inviável a continuidade das acusações.
Cabe ao STF decidir se aceita ou não o pedido da Procuradoria. Se o Supremo concordar, o processo será encerrado sem que Bolsonaro seja denunciado. Caso contrário, o tribunal poderá determinar novas diligências para aprofundar a investigação.
O posicionamento da PGR gerou reações diversas no meio político e jurídico. Para aliados do ex-presidente, o pedido de arquivamento reforça a narrativa de que Bolsonaro tem sido alvo de acusações sem fundamento. Já seus opositores argumentam que a falta de provas não significa necessariamente inocência, mas sim dificuldades na obtenção de evidências concretas.
O caso evidencia a polarização em torno do ex-presidente, que continua sendo uma figura central no cenário político nacional. Enquanto sua base de apoiadores mantém expectativas sobre sua atuação nas eleições futuras, seus adversários seguem acompanhando o desdobramento de outras investigações que podem influenciar seus planos políticos.
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