VÍDEO: GOVERNO DE SC COLOCA PRESOS PARA TRABALHAR E PAGAR SEUS GASTOS NA CADEIA


O estado de Santa Catarina tem se destacado no cenário nacional ao implementar uma estratégia que alia trabalho remunerado ao processo de ressocialização de detentos. Cerca de 30% das pessoas privadas de liberdade no estado estão envolvidas em atividades laborais que visam não apenas ocupar o tempo de forma produtiva, mas também facilitar o retorno à sociedade após o cumprimento da pena.

A iniciativa faz parte de um programa que tem como base o princípio de que a reintegração social é mais eficaz quando acompanhada por oportunidades concretas de desenvolvimento pessoal e profissional. Os detentos atuam em diversas funções, de acordo com a estrutura disponível em cada unidade prisional. As atividades variam desde serviços internos, como limpeza e manutenção, até a participação em oficinas produtivas de costura, marcenaria e trabalhos industriais.

Além de promover o aprendizado de novas habilidades, o trabalho também garante ao apenado uma remuneração. Esse pagamento é dividido de forma regulamentada: uma parte é destinada ao custeio do sistema prisional, outra vai para um fundo de assistência aos presos, e o restante pode ser usado pelo próprio detento ou enviado à sua família. Essa organização permite que o programa contribua financeiramente com o próprio sistema penitenciário, diminuindo custos para o estado.

Outro benefício do programa é a possibilidade de reduzir a pena por meio do trabalho. A legislação penal prevê a diminuição de um dia da pena a cada três dias trabalhados, o que serve de estímulo adicional para os presos aderirem à iniciativa. Essa política contribui para a melhoria da disciplina nas unidades, diminui o tempo ocioso e reduz conflitos internos.

Um ponto de destaque é a parceria com empresas privadas, que encontram no sistema prisional uma forma alternativa de produção. Muitas dessas empresas instalam unidades produtivas dentro das prisões ou contratam os serviços dos detentos para tarefas externas sob supervisão. Essas parcerias oferecem experiência profissional real aos presos, que poderão utilizar esse aprendizado após conquistarem a liberdade.

Com esse modelo, Santa Catarina busca transformar a pena de prisão em uma oportunidade de recomeço. Ao dar aos detentos a chance de desenvolver uma atividade produtiva, o estado contribui para a reconstrução da autoestima, o fortalecimento dos vínculos familiares e a preparação para o retorno à vida fora dos muros da prisão.

Embora o sistema ainda enfrente desafios estruturais, o programa demonstra que é possível adotar uma abordagem mais humanizada na gestão prisional. O foco não está apenas na punição, mas também na possibilidade de oferecer aos detentos ferramentas para que não retornem ao crime. Com resultados positivos já visíveis, Santa Catarina dá um exemplo de como iniciativas voltadas à ressocialização podem gerar impacto social duradouro.


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